nO mEio do turbiLHão

. eNtendendo os acasos e provações chego inteiro ao lago dos sonhos esquecidos, enquanto meus companheiros profissionais me tratam como um número, eu me transformo num texto de infindas promessas. Há lugares que me deixam maior, noutros me sinto pressionado pra baixo, vivo buscando o equilibrio, mas confesso que também estive meio desequilibrado por esses tempos...
.Pela janela dos ônibus é por onde eu vejo o tempo passar mais rápido, no espelho do banheiro de manhã percebi que o meu maior fio de cabelo branco na minha cabeça não segue as curvas dos negros, é um velho rebelde.
. MInha vida falou faltar cento e poucos dias... parece até que cada dia é só um!
. mEus amigos... uns se aproximam mais, outros se distanciam, outros se identificam, e um disse que eu estava muito sensível ultimamente... sensível?...hum..
. Que bom então, que haja sempre sensibilidade em mim, mesmo nessa tempestade conseguem enxergar... ele me falou criticando e eu adorei como um elogio.
As passagens pros nossos outros mundos estão cada vez mais abertas, e a cada momento vou me sentindo mais de fora do que de dentro desse mundo que me faz escrever essas coisas pensando em mil outros...
. Passando do meio desse turbilhão lacrimejante de angústia e saudade começo a enxergar o sol... quente... mas pelo menos apareceu. O movimento das coisas começam a dar indícios de um sorriso do tamanho da distancia que levou-o... sinto os arrepios e gritos de euforia por trás das portas... a vida anda por cima das intenções... e meus desejos calçam botas de satisfação..
.aS tentações nunca foram tão letárgicas...
acho que depois desse tempo todo,
aprendi a abrir os olhos mesmo debaixo de água,
ou por trás das águas... aquelas que eram intermináveis, diluviais..
aquelas que não me deixavam enxergar a doçura dos tristes anseios de quem não quer nunca mais esperar por coisa alguma.