quinta-feira, 29 de abril de 2010

SociocultO.


Como elogiar aquilo que faz o meu silêncio ficar mais alto? Como não falar sempre do efeito que transfere positivamente de um ser pro outro por um simples aspirar e respirAr?
Quantos dias esperEi dias inteiros passarem para que conseguisse me encontrar com esse mundo de cores e sensações que existe dentro de mim e de cada um de nós?
Algo que mata e promove minha fome
Abre meus tímpanos para a música
Sossega meus anseios quando cOmeço
O que seria contravenção então?
O efeito feliz, até porque sempre sorrimos!
Outros vivem balbuciando-sE em seus excessos
Noutros é como se fosse apenas um aditivo vital
Porque pRé-historicismo é pensar que isso não existe
Ou fazer com que isso não exista
Mas,
Ninguém atiRa em fumaça!
Não há negativismo que se sobreponha a todos os sorrisos sonsOs provocados
Almejados por pessoas fugitivas
E por outras que sempre sentiram prazer em se encontrar, pois não há gênero predileto prá esse afazeR
nem tecnologia que supere,
Nem verborragia que impere...
Porque viver somente dela... é como andar proTegido sem nunca se sentir usando sapatos.

sobre a iniquidade da correria pela necessidade


Por vários anos observando as atitudes alheias ao meu redor, percebi o quanto fiquei atrás da correria capitalista da viDa por não ter uma atiTude capitalista. Desde o primeiro momento no qual decidi trancafiar-me dentro de mim, penso que o mundo vem me parecendo estranho, como sE não agisse dentro dos conformes da vontade dos homens. o movimento do mundo não satisfaz essa grande maioria inflamada pela falta de condições de Se viver num mundo. Pessoas como eu tentam inOcentemente através de escritos e inquirições promoveR uma nova visão do mundo para todos os seres.. esses tais seres vivem numa realidade a qual não é necessário olhar sua situação no mundo, somente sua posição. SistemátiCas que individualizam e fortificam o pensAmento de que não precisamos de mais ninguém para evoluirmos positivamente, e esse pensamento é o cerne do caPitalismo inflamado que reside em nossa sociedade.
Depois de tamanha repressão curtida pela minha essência, resolvi qUe tenho de conviver dentro de mim, pasSeando por essas linhas minhas e imaginárias, e isso não acontece por um simples e puro egoísmo como parece, ou por ignorância, talvez nós humanóides soframos por perdermos durante a vida muito de nós. Entregamos-nos em demasia ao "Conceito Vida Feliz"
que nunca afinou seus instrumentos (cérebro)
mas usa toda sua mElodia pra compor
algo que melhor traduza o tal desespero da maldosa (segundo o mundo)
existênciA humana.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Aos Arlindenses Pontuais


Ao Ilustre Arlindo Pontual.


Que sempre vi de longe


Um “arranha céus” eu diria


Tendo como referência nosso bairrinho


Tão pequenino...
...do tamanho de algumas almas desse prédio.





Eu que sempre morei em lugares diferentes


Nunca imaginei morar num lugar com tantas pessoas


Que não se conhecem


E que muitos nem se cumprimentam


Vez por onde penso que é a própria estrutura predial...

O concreto tem culpa?

Eu sei que os cães devem mesmo ter um espaço restrito pra circular

Mas, e os senhores bebuns tão honrosos que dormem nas dependências?

No salão de festa….Piscina

Ah, esses eu acho que tem direito

Mas será que eles não latem mesmo?

Poliglotas que não estudaram ainda o valor de um “Bom dia”

Coisas que me perturbam…

Numa vizinhança horizontal talvez as pessoas fossem menos…

Verticais

E os espelhos..

Sempre amigo e inimigo

E falando com um amigo…

Ele disse que isso é “falta de ‘raspão’

As pessoas não se ‘triscam’”

Então é isso,

É do Arlindo para os Pontuais

Que atrasam os elevadores

Sem saber que o elevador

Talvez até eleve a dor

Desse torpor solitário

Nessas 23 campainhas

Sozinhas em cada andar.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

.CoISA.dE.PRoMOToR.


Acordamos. depois de colocar as botas e se sentir um gato de botas, beijamos nossos tesouros e saímos pra peleja, em busca de sempre mais um novo espaço presse nosso produto tão satisfatório. São tapões de portas mal educadas, dizeres com espinhos de espíritos amargurados... e então no meio disso tudo, repentinamente, sem mais nem menos nossos superiores nos ligam : "-Ô firma.. sou eu seu chefe!! Boa tarde!" ( às 8:01 da matina.) E continua: "- Por que você só colocou uma frente de Kapo Abacaxi?, Você ainda lembra o nosso corredor estratégico por acaso?, (às 18:59hs): Promotor, você poderia me dizer quanto tá custando a Aquarius de 1,5L 'aí'? ' Porque a SimBa laranJa tá sem preço?' (Quem de nós nunca escutou um): Ô Firma! num dá pra tú dar uma esticadinha lá no Atacadão de Olinda até às oito somente hoje (um sábado!) pra dar um apoio legal a um novato que tá lá"... A testa franze automaticamente... O cansaço olha pra você perguntando se você terá coragem de fazer isSo mesmo com você, mesmo tendo escutado tudo isso com esse nível vocabular que faz você ser chamado de "fIRMA, ou PraçA, não há de existir piedade com a labuta, ela se encerra quando sua estiga fala que acabou e sua fadiga fala que chegou. Não há maiS força por conta do caminhão que descarregaste na tua loja... MaS O vendedor não vai bater a meta e vai ser pai... ele está disposto a te demitir subitamente se você não colocar aquela última unidade do Del Valle 300mL na geladeira... Agente fica meio sem saber o que dizer no meio de um vendaval de interrogações & exclamações desses, mas nosso superior que poUco ainda acha termina sempre a ligação com a saudação: "O sR. tá aonde?", A cabeça fica da cor da camisa da empresa e você acabara de receber uma ligação da tua mulher dizendo que o trabalho dela folgou-a nesse dia de soL lindo... E quando você entra na suA loja, três dos seis cinco pontos extras da loja foram retirados pra se lavar a loja no fim de semana...

Tudo isso acontece num dia de promotoR cokE do auto-serviço. E todos nós promotores resolvemos tudo isso todo dia, seja chovendo seja na quentura, loja cheia ou vazia, a cabeça fica querendo explodir, nossos superiores não paraM de ligar pra te dar incentivos, você já não aguenta mais tanta pilha, tanto pallet... tanto repositor mal cheiroso e mal caráter. A GerentE te pede todo dia pra você limpar a geLadeira e as prateleiras da sessão ameaçando tirar seus pontos extras.. CaoS.. problemas, exposições de produtos, preciFicações, layouts, tudo acontecendo de uma forma muito dinâmica e nesse mesmo tempo toda a loja conta com você pra tudo que tiver relação com essa laTinha vermelHa. Daí você faz aquele drama pro promotor do lado falando que não tá aguentando tanta pressão e ele retruca te dizendo: -Trabalhar na coca é assim broder, por isso que eu tô tranquilo aQui com meus R$465,00 SEM STRESS!! Não há mais o que conversar com sEres assim.. E não podemos jamais fraquejar e nem pensar em desistir, por isso as vezes só existe a fazer pra continuar de boa como um promotor da coca... somente uña cosa:


não pirar;

desliguE o celular

e vá ser feliz. =)


.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

"eM teRra de uRubuS orQuestReiros dipLOmaDos, não Se ouVe os cAnTO dos sAbiáS.


.fui lá, mais uma vez comparecer para outra vez admirar a música de Pernambuco, com todos os prazeres e dores que ela me proporciona fiquei até o final!
De forMa estranha e sempre de grandes óculos, aquele cidadão cita num tom talvez desonroso, fiNalizando a co-apresentação de um dos ícones do surgimento dessa nova oportunidade de mostrar a música de Pernambuco pro mundO com maior abertura, coisas da vida minha nêga.. Pode ser.
De fato o Sir ML não anda tão afinado com a música ultimamente, coisas aContecem... barrigas crescem, enfim.
O que venho dizer com isso é que a ostentação pelos zumbis tão queridos fez com que ninguém visse o que o Orquestreiro Contemporâneo faLou mal de quem favorece hoJe ele estar no patamá que ocupa. Sir ML é talvez mais percursor que os próprios zumbis, pois é um líder como o líder dos zumbis, e que já nem existe mais.
COmo se essa nova safra não conseguisse se entrelaçar com a safra anterior, estranho, todos são frutos da mesma árvore, vejo uma sublimação eXcessiva aos novos deuses da música underground da terra norDestina do país, tanto que eles não conSeguem mais enxergar o valor incomparável que os primeiros clássicos sempre terão sobre esses contemporâneos, últimos
Que a união exista sempre entre os frutos de uma mesma áRvore, pois senão teimo em pensar que um frUto mais maduro semprE vai quereR derrubar da árvore o mais verde que ainda está por vir tão vigoroso quanto, por uma questão de mais "pernamBucanidade" . Marcílio Lisboa e c. Science estãO vendo isso de onde estão? Ou a algo mais interessante lá hoje em dia diante desses desprazeres sofridos por nós, consciêncifenses obssessivos pela boa música local?eles têm mesmo que ainda estar olHando pra isso?...

sábado, 30 de janeiro de 2010

ô. n. i. b. u. s.


Todas as pessoas dentro de um Ônibus se sentem necessitadas dele, essas mesmas fazem das tripas coração para não tocar uma nas outras... pra não amassar a roupa, pra não se mOlhar do suor alheio, pra não fiCar com aquele cheiro... Todas as pessoas vão a algum lugar que por um momento, ou rua, coiNcide com o itinerário do outro passageiro que está ali a meio centímetro no momento, e niNguém se fala. Um dos poucos momentos em que sinto uma igualdade de relaxamento seria quando o Leva Povo passa pela beira mar, todos buscam os melhores Pontos pra observarem por algUns minutos o balanço do mar de dentro do balanço do Bus, refletir sobre o dia, a vida, a arrogância presente em todas as senhoras que não deixam você passar quando você quer descer na paRada e ela com medo de perder a dela, já está na porta incomodando os outros a meia hora... ConHeço um cara que achou a mulher da vida dele num Candeias /Dois Irmãos, hoje já moram juntos e não anDam mais de ônibus. Salve os artistas dos Sistemas de Transportes Coletivos que não nos deixam tão ociosos dentro daquele VeícuLo no meio do caos do trânsito, Salve o primeiro ser que um dia pediu a bolsa do outro que tava em pé pra segurar para aliviar o aperto da lotação, acho que essa pessoa andava num Cde. da Boa Vista as dez lotado como uma laTa de sardinha...
Saudades dos que tinham as cadeiras de frente pra outra, acredito que isso um dia facilitou muito pessoas cOnhecerem pessoas, nada como ficar uma hora de frente pro outro passageiro pensando no que comentar, mas tinha GentE que virava a cara pra janela e botava a mão no rosto pra não olhar nem pro dia.
Hoje cobradoras mulheres seguram os filhinhos das pessoas que passam na catraca e não podem segurá-lo, uma cheGou a ninar a criança uma vez.. Televisões, câmerAs, cartões, lixeiros! Quanta coisa nova, menos evolução, acho que isso é algo a ser mais novo ainda.
Somente na hora de um assalto ou sequestro do Bacurau que as pessoas sentem a ligação humana que prende umas as outras, o choque, a adreNalina são coisas que interligam as pessoas, sempre vemos peSsoas abraçadas depois de um momento de terror como esse... mesmo que não se conheçam, somem os conceitos a priori, fica o desejo de completude desse medo e cura desse desespero.
Talvez os Busõnes sejam alguma das últimas demonstrações de humanidade plena entre os seres que aQui habitam, pessoas de todas as estirpes, que se misturam num mesmo ar e quase num mesmo e exato espaço. Essas são palavras de um desses seres que usam uns oito Coletivos por dia e presta muita atenção na cara das pessoas lá dEntro tanto na hora que sobe quanto na hora que vai descer, e o que eu diria e que noventa por cento dessas pessoas nunca estão ali no Busón, sempre estão nO lugar pra onde vão ou no lugar que acabaram de sair. Transitando entre veículos muitos maiores que o tal Veículo.

domingo, 27 de setembro de 2009

O pouco que falta já assobia...


eu to pensando em como vai ser
coMO vou Abraçar
coMo vou Entender
comO vou Saber? 
Esse tempo passando
o qUe anda passando?
Eu fico esperando
os diAs se passando
e eu naquela luta
diáRia como o soL
quente como o soL...
e única como o soL.
Mas a luz que há de vir
a de Criar mais dEntes em mim
e sem coNdições de falar e rir
vou ver dias felizes como eRam antes
com meus cabelos brancos
meu buchinho moreno
e com os meus olhos pequenos.
pequenoS?