a pré-concepção de algo desconhecido.

o medo é temporário, nenhum medo é prá sempre... é trauma assim sendo, mas medo não é.

eu lembro claramente a escuridão que o medo me causava, do dia que caí na piscina com uns 4 anos e não sabia nadar... passei umas duas semanas afundando naquela piscina até o nosso vizinho ir me buscar... me vem a cor azul demais na cabeça quando falo sobre isso.. estranho.

é o limite, o risco de giz feito no chão que diz que você não consegue mais passar, por que quando ele diz que você não deve, você se auto-diz que não vai conseguir. o medo já me fez morrer umas duas vezes, mas eu sempre continuo dançando no crepúsculo... toda tarde, no fim dela.

quando me fiz autor de meus movimentos pude ir andando pelo caminho que a lua cheia faz no mar a noite quando ela nasce. sem topadas com esse chinelo velho!

eu sinto medo de manhã quando o despertador me fala que mesmo cansado devo levantar, mas não tenho medo dos obstáculos humanos que se propõem a nos tirar a paz... 

eu tenho medo do chaves não mais voltar ao normal quando ele paralisa

da torcida organizada

do cara vindo na rua

de amanhã meu coração parar.

medo angustiante é a espera

que encera os tímpanos

atordoa os olhos...

eu tenho medo de estar perdendo a chance de ser feliz naquele momento naquele momento...

aí fera... só ôtro!