Hoje quatro seres humanos morreram por conta de um fenômeno da natureza, quase todo dia eu morro por fenômenos próprios de minha pessoa. Dependendo de onde vier o fenômeno, dependendo dos outubros atônitos, dependendo da passagem do ônibus, da música preferida que tocar na hora exata... meu sorriso pode ser o maior do mundo.
Hoje eu tive uma vontade imensa de dizer pra minha mãe que ela tem a luz mais forte ... de pedir força pra quem ela escolheu viver seus dias... hoje eu tive vontade de me abraçar como se eu fosse o único disposto aquilo.
Tem dias que me sinto o último da minha espécie, por um lado tomara que sim, por outro, tomara que não. Eu tenho certeza que já cansei de me ver comigo. Senti um amor imenso por um cágado que atravessava a rua do sossego por entre os carros que passavam, e um cuidado desumano que me fazia lacrimejar pelo futuro dessa pobre vida, dessa vida cágada... meu amigo trocou seus óculos por lentes, o outro trocou o céu pelo inferno suburbano das viscitudes carnais... eu preferi transcender num plano que não fizesse me render ao que hoje me maltrata.
Cada vez mais perto do sol, percebo... quero queimar não só neurônios e pestanas...
Muitas vezes meu coração não consegue se conter a tudo que faz ele bater, e isso faz com que eu o sinta batendo até no meu chinelo, sinto a pulsação da minha sombra...
Quero escutar a música mais bonita quando meu futuro chegar, quando eu perpetuar meu sorriso, quando eu me condenar um feliz pra sempre.. quando eu me mudar pra uma life from mars...
1 comentário:
e nos aneis de saturno...
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